segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O Arcanjo Doentio

Quando os céus me cuspiram
A lua veio me confortar
Estúpida atitude sua
Ao ver lobos a me devorar


Senti a essência da juventude
Se esvair de minhas asas
Você olhando sem atitude
O pobre arcanjo em sua queda

Óh, arcanjo doentio

A carne ardeu e as sombras me esconderam
O sono bateu mas não podia dormir
Corvos espreitando a minha morte
Chacais sedentos a sorrir

Meu ser se elevou
Diante de tanto ódio e dor
A praga me assolou
Infinito inferno sem amor

Óh, arcanjo doentio

Agora possuo todos os tronos
E meu poder de todos é o maior
Você se humilha por seus enganos
Teu maior desejo é o meu sabor

Cavando a própria tumba
Com sangue nos olhos e uma perna dilacerada
Será apenas mais uma escrava
Cansada de ser estuprada